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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Metade do inteiro que eu sinto ...




" ... as penas que eu mesmo sinto de mim
Junto todas, crio asas, viro querubim
Sou da cor, do tom, sabor e som que quiser ouvir
Sou calor, clarão e escuridão que te faz dormir
Quero mais, quero a paz que me prometeu
Busquei quem sou
Você, pra mim, mostrou
Que eu não sou sozinho nesse mundo ... "

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Metamorfose


Não há mais nada o que se pensar e nem o que se sentir
Eu sou uma estranha pra mim mesma.

Tornei-me um monstro.

As coisas que eu fui capaz de fazer me assustam
Acabo de chutar meus princípios e engolir minhas opiniões.

Vomitei o que restava de vida em mim.

Minha indiferença com tudo é cruel, tornei-me tão fria que já não sinto diferença nos dias de sol.

Deixar de crer naquilo que julgamos certo é tornar-se errado para si ou seguir uma nova verdade?
Crer em uma nova verdade é mentir para si ou fugir do desengano?

Tornei-me um monstro. Nem eu me amo mais.
Desacreditei de mim.
Fui decepcionada e magoada por mim mesma.

E eu que confiava em mim... Sou tão humana quanto não queria ser!

"Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor. " (Os Insetos Interiores - Fenando Anitelli)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Animação suspensa




Depois de muito tempo sem escrever uma linha, aqui estou em frente ao computador tentando mais uma vez.
Não sai nada.
Eu já tentei caneta e papel, cais do porto, noite, praia, pôr - do - sol...
Mas nada disso me ajuda.
Depois de vários dias de muita reflexão e dor de cabeça eu consegui chegar a uma conclusão:


Evitar uma depressão me deixou burra.


Não critico mais o funk, não me importo mais com política, falta de educação já nem me afeta mais...
Eu simplesmente nem penso.
Hoje eu respondo as perguntas mecanicamente: sim, não. Não reflito sobre nada e aceito tudo o que me dizem.

Assim, feito a senhora que morava em Taubaté.


Desaprendi a matemática e esqueci quem foi Vinícius. Química pra mim é o nome de uma música velha e Geografia eu tive que estudar pra melhorar a letra na primeira série. O português me falha, não há concordância ou acordo, nem nome e muito menos verbo.

A ação fica suspensa enquanto o cérebro estiver em coma: Ordens da diretoria, o único músculo pulsante e que se encontra atualmente na UTI.

Eu fico assim, macebeiando assim... esperando o arco-íris pra eu poder sorrir nesse domingo.


Um simples nada, tudo vazio, um balão de ar.

... o vento levou meus pensamentos!

sábado, 12 de setembro de 2009

Sem Título, nem nada.



Há tantas coisas dentro de mim, que não consigo tirar nada daqui. Fica tudo tão apertado que é quase impossível arrancar alguma coisa, como se os sentimentos estivessem grudados uns nos outros.


As folhas em branco permanecerão em branco enquanto eu não organizar a bagunça que eu fiz em mim.
Ainda se eu conseguisse arrancar um pensamento só... Mas eu não consigo, vem tudo junto como se fossem uma massa só, os tijolos que acabam por me sustentar.
Os alicerces que erguem o muro que construí para me proteger do mundo, ou para proteger o mundo o mundo de mim.

Talvez para me proteger de mim mesma.

Quanto tolice.
Melhor ir dormir, não há nada melhor pra fazer.

Por que de repente as cores do mundo somem ?
É como um passe de mágica: ontem estava tudo tão colorido!
Quem apaga esse luz que eu luto tanto para manter acesa ?
Queria tanto ser igual a todo mundo!

Escrito em 08/8/2009.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Aquelas férias de si mesmo.


Não estranhe se eu sumir.

Mas tem momentos em que é melhor me afastar, melhor pra mim e pra todo mundo.
Motivos pessoais: uma conversa confidencial entre eu e eu mesma, ninguém tem nada a ver com isso.
Quando eu conseguir ouvir todos os meus eus, e chegar a alguma conclusão plausível, eu volto.

E com mais força ;)

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Alguns fantasmas e mais contradições.

Confesso que dos amores que eu tive três eu jamais esqueci.
Sim, eu não só amei três homens ao mesmo tempo, como ainda amo. Tem dias em que eu amo os três e meses em que só lembro de um. Todos me fazem muita falta e nenhum deles eu tive como meu por tempo suficiente pra descobrir que ele sozinho me completaria, talvez seja por isso que não os tenha esquecido.
Um deles eu perdi por motivos que prefiro não revelar, me envergonho deles até hoje;
Outro eu perdi porque sou uma idiota;
E o terceiro, bem... Esse fica comigo uma vez por ano. Mas é uma vez só.
E o leitor que não me entenda mal: eu amei um de cada vez no seu tempo, depois é que eu descobri que amo os três. E se eu tivesse do meu lado um deles, não iria querer os outros e também não deixaria de amá-los: mas não sentiria a ausência e nem a presença. Como se o sentimento ficasse congelado, mas ali.
A minha única dúvida é se apenas um me bastaria.
Parece até engraçado, mas os três juntos me completam. E eu não teria coragem de enganar nenhum deles, não outra vez.
E eu amei cada um, separados.
Machuquei pelo menos dois. E me mato por dentro até hoje por ter feito isso.
O terceiro é que pisa em mim, e pisa com prazer.
Talvez eu mereça, ele é o meu Karma, meu castigo pelos outro dois. E eu gosto disso...
O primeiro eu daria o meu mundo pra esquecer,
O segundo eu até gosto de lembrar
E o terceiro é o mundo que eu nunca conheci.

E me lembro deles todos os dias e quase ninguém sabe. Dois nem lembram mais de mim. E a saudade? Bom, pior que sentir saudade é não ter notícias de quem se ama...
Mas saudade não é de todo ruim: eu nunca ando sozinha, os meus fantasmas me acompanham em todo lugar. Se hoje eu não me sinto vazia é por causa deles,
Que me enchem de vida todos os dias.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pode invadir ...



... ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir
Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar
Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro
Toque muito em mim. Principalmente nos cabelos, e minta sobre minha nocauteante beleza
Tenho vida própria, me faça sentir saudades
Conte algumas coisas que me façam rir
Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me
Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa.
Respeite meu choro. Me deixe sozinha só volte quando eu chamar e não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada
(Então fique comigo quando eu chorar, combinado?)
Seja mais forte que eu e menos altruísta!
Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço.
Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, cheiros, olhos, mãos...
Leia, escolha seus próprios livros, releia-os.
Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não goste tanto de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai.
Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.
Me enlouqueça uma vez por mês mas me faça uma louca boa. Uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ...
Goste de música e de sexo
Goste de um esporte não muito banal
Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua família... isso a gente vê depois ... se calhar ...
Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora
Quero ver você nervoso,inquieto. Olhe para outras mulheres, tenha amigos que se tornem meus amigos e digam muitas bobagens juntos.
Me conte seus segredos ... Me faça massagem nas costas.
Não fume. Beba, chore, eleja algumas contravenções.

Me rapte!
Se nada disso funcionar (...)


Martha Medeiros.

domingo, 9 de agosto de 2009

Meu Hedonismo forçado às vezes me mata:





Corrói o meu coração aos pouquinhos...
Bem devagar, para que eu sinta todos os dias.

E aprisiona o prazer no mesmo cárcere das lembranças que eu quero esquecer.


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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"... Somos o todo, feito de nada."

As pessoas falam umas das outras como se tivessem um profundo conhecimento da alma humana, julgam como se soubessem tudo o que se passa na cabeça de todas as pessoas. Quando na verdade, não sabe nem de si.
O ser humano jura que sabe de tudo e, principalmente se esse 'tudo' for relacionado aos outros. Afinal é muito fácil adivinhar o que uma pensa através dos atos dela, por exemplo. Mais fácil ainda, é convencer-se disso, como se cada é pessoa fosse apenas aquilo que faz, sem um porquê por trás de cada ato.

Eu desisti dos seres humanos. Conclui que tentar entender a humanidade além de ser perda de tempo, é deprimente.
Agora eu quero aprender a fazer o contrário do normal. (Ok, uma anormalidade talvez?) Não, eu não me considero louca, me considero uma das únicas pessoas normais, o que automaticamente me torna anormal.

Bom, eu não pretendo julgar uma pessoa pelo que ela veste,
Ou pelo jeito que ela fala,
Pelo jeito que ela olha,
Pelas músicas que ela ouve,
Pela criação que ela teve,
Pelas pessoas que ela anda,
Pelo sexo, pela opção sexual, pela idade ou pela religião.

Só a convivência mostra o que as pessoas são. Não, na verdade não, afinal eu sempre convivi comigo mesma e não tenho certeza sobre quem eu sou. Mas, se eu não sei nem de mim, como eu vou saber dos outros?

Sinceramente, o ser humano é mais uma das minhas eternas dúvidas.E quanto mais eu penso, mais extra terrestre eu me sinto.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu...

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

A dor que dóis mais, Martha Medeiros.

domingo, 5 de julho de 2009

Se todos fossem no mundo iguais a você ...

Vai tua vida,
Teu caminho é de paz e amor
Vai tua vida é uma linda canção de amor
Abre os teus braços
E canta a última esperança
A esperança divina de amar em paz

Se
todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar,
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol,
Como a flor,
Como a luz
Amar sem mentir,
Nem sofrer

Existiria verdade,
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você





* Uma homenagem a uma grande amigo, que mesmo de longe me deu muitas alegrias e que agora vai pra mais longe de mim.
Eu te adoro muito Felipe Souza, te desejo toda a felicidade do mudo.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Conclusão: eu sou um ET.

Padrões da sociedade para adolescentes...

Se você gosta de ouvir MPB e Bossa Nova é excluído: ninguém ouve essas ‘músicas de velho’;

Se não se importa (e até gosta) de sair junto com os irmãos, pais, avós ou mesmo conviver com pessoas mais velhas: é retardado;

Se acha importante cuidar do planeta ou gosta de política, vira motivo de piada; Se não se importa com confusões e fofocas tolas, é por que morre de medo;

Se gosta de ler ou de escrever, é ‘nerd’;

Se entende que os professores estão certos sim e que são os alunos que estão a cada dia mais mal educados: puxa-saco.

O certo é pintar as unhas na aula de física,

E depois dizer que o professor não ensina;

Enrolar durante a aula toda pra que não tenha muita matéria;

Torcer pra que tenha alagado a sala de aula e não tenha aula.

O padrão é ver Pânico na TV;

Gostar de funk, forró e pagode;

Falar mal da vida dos outros;

Não estar nem aí pro meio ambiente;

Ter piercing no umbigo, fazer academia e ser a mais gostosa da turma.

A moda começa na cor do nome no MSN;

É escrever errado;

É usar foto shop pra que a foto fique perfeita;

Usar preto, roxo, listrados e roupas iguais que se compra de balde;

Chorar pra tirar foto e fazer pose de depressão.

Divertido é beber até passar mal;

É transar com todo mundo e dizer que não importa com que os outros pensam,

Ou arrumar um namorado e tornar-se esposa;

É pôr um vestido bem curto e dançar o funk que tiver a letra mais bagaceira.

Conteúdo é a dança do créu;

Poesia é a dança do quadrado,

Sucesso é ser ‘Linda e absoluta no seu CrossFox’

O momento é da Gaiola das Popozudas.

Eu me orgulho da minha geração e do futuro do meu país.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Tomara ... !


"Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho

Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais..."

Vinícius de Moraes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Quem é ela:



Geminiana com ascendente em Escorpião e Lua em Vênus.



Desejo com mais intensidade do que amo;

Deixo de amar com a facilidade de um começo.

Jogo tudo pro alto sem medo.

Adoro mudar;

Odeio mudanças.

Mudo de opinião e assunto sem nenhuma linha de raciocínio lógico.

Não gosto de falar da vida dos outros: Prefiro falar da minha, sou uma fonte segura de informações sobre mim mesma.

Adoro me contradizer;

Odeio contradições.

Amo o prazer e aproveito sem medo e sem arrependimento. Já que ninguém vai se preocupar com o meu bem-estar e diversão, eu cuido disso da melhor maneira, e talvez seja bom pra mim e pra outros...

Promíscua? Não, hedonista por conveniência.

Pessimista,

Inconstante.

Falo de mais,

Não sei não ajudar um amigo,

Sou fiel aos que amo,

Perdôo quem eu julgo digno de perdão. E digo isso não por me sentir a dona da razão e saber exatamente o que é certo e o que é errado, mas por ter consciência de que aqueles que dizem perdoar tudo estão mentindo, aqueles que não perdoam não tem coração e aqueles que julgam que perdão deve ser confiado a Deus é porque não tem capacidade para saber o que é certo e errado pra si.

A minha razão faço eu, na verdade todos nós fazemos as nossas razões e poucos são os que têm consciência disso. E é tudo isso torna o conceito de bem e mal relativo... e fascinante.

Gosto de errar e às vezes faço de propósito: é como uma forma de lembrar a mim mesma, todos os dias, que eu não sou perfeita e nem sempre tenho razão.

Essas são as maiores lições que eu aprendo e o melhor disso tudo é saber que ninguém precisou me ensinar.

Contradições? Talvez duplo sentido.

Minha especialidade, e acredite: confio e sigo todas as linhas do meu raciocínio.

Uma por dia.

Inconstante? Talvez caleidoscópica.

E é assim que eu me perco no meu infinito particular...