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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Metamorfose


Não há mais nada o que se pensar e nem o que se sentir
Eu sou uma estranha pra mim mesma.

Tornei-me um monstro.

As coisas que eu fui capaz de fazer me assustam
Acabo de chutar meus princípios e engolir minhas opiniões.

Vomitei o que restava de vida em mim.

Minha indiferença com tudo é cruel, tornei-me tão fria que já não sinto diferença nos dias de sol.

Deixar de crer naquilo que julgamos certo é tornar-se errado para si ou seguir uma nova verdade?
Crer em uma nova verdade é mentir para si ou fugir do desengano?

Tornei-me um monstro. Nem eu me amo mais.
Desacreditei de mim.
Fui decepcionada e magoada por mim mesma.

E eu que confiava em mim... Sou tão humana quanto não queria ser!

"Um calor gélido e ansiado na boca do estômago.
Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?
Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto.
É mais fácil aturar a tristeza generalizada
Que romper com as correntes de preguiça e mal dizer.
Silenciam-se no holocausto da subserviência
O organismo não se anima mais.
E assim, animais ou menos assim,
Descompromissados com o próprio rumo.
Desprovidos de caráter e coragem,
Desatentos ao próprio tesouro...caem.
Desacordam todos os dias,
não mensuram suas perdas e imposturas.
Não almejam, não alma, já não mais amor. " (Os Insetos Interiores - Fenando Anitelli)

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Animação suspensa




Depois de muito tempo sem escrever uma linha, aqui estou em frente ao computador tentando mais uma vez.
Não sai nada.
Eu já tentei caneta e papel, cais do porto, noite, praia, pôr - do - sol...
Mas nada disso me ajuda.
Depois de vários dias de muita reflexão e dor de cabeça eu consegui chegar a uma conclusão:


Evitar uma depressão me deixou burra.


Não critico mais o funk, não me importo mais com política, falta de educação já nem me afeta mais...
Eu simplesmente nem penso.
Hoje eu respondo as perguntas mecanicamente: sim, não. Não reflito sobre nada e aceito tudo o que me dizem.

Assim, feito a senhora que morava em Taubaté.


Desaprendi a matemática e esqueci quem foi Vinícius. Química pra mim é o nome de uma música velha e Geografia eu tive que estudar pra melhorar a letra na primeira série. O português me falha, não há concordância ou acordo, nem nome e muito menos verbo.

A ação fica suspensa enquanto o cérebro estiver em coma: Ordens da diretoria, o único músculo pulsante e que se encontra atualmente na UTI.

Eu fico assim, macebeiando assim... esperando o arco-íris pra eu poder sorrir nesse domingo.


Um simples nada, tudo vazio, um balão de ar.

... o vento levou meus pensamentos!